Estresse: vilão ou mocinho?

 em Produtividade

Frequentemente o estresse é tema das conversas cotidianas, dos reflexos na saúde e de pesquisas sobre quais são os seus efeitos nas interações sociais. Está comprovado que ele afeta o nosso comportamento, mas você já chegou a pensar que o estresse pode ser útil, positivo e até mesmo necessário?

QUAIS SÃO AS CLASSIFICAÇÕES DO ESTRESSE?

Fonte: Rodrigo Ferrari.

O estresse pode ser classificado em duas categorias: Eustress e Distress.

O Eustress é o “estresse do bem”, aquele que nos motiva a começar ou continuar trabalhando. Seu efeito nos faz sentir desafiados, motivados e produtivos. Esse estresse benéfico pode ser de natureza psicológica ou mesmo física: quando nos exercitamos ou estamos prestes a ser promovidos no trabalho, fechar um contrato ou ser aprovados em um processo seletivo, estamos sentindo o Eustress. Nesses casos, estamos em um estado mental positivo, o que nos induz a pensar e agir positivamente também.

COMO O ESTRESSE SE REFLETE NOS NEGÓCIOS?

Em ambientes de negócios, o Eustress é extremamente relevante para o desenvolvimento de projetos e reuniões com clientes. Da mesma forma, ao aprender uma nova habilidade ou começar um novo objetivo, podemos nos adaptar e melhorar devido ao Eustress que nos mantém desafiados, motivados e em alta performance.

Por outro lado, o Distress ocorre quando diante de necessidades e situações o estresse se torna negativo. Podemos classificá-lo em: Distress por ausência de atividades e desafios, levando à falta de diversão, desânimo e apatia, ou Distress por excesso de demandas adequadas ou não ao perfil de competências do sujeito, podendo se instalar quadros como fadiga, pânico, exaustão e Burnout.

No gráfico acima podemos perceber a relação entre Performance x Nível de Estresse. A alta performance é atingida quando estamos no ponto alto do Eustress, que é quando nos sentimos focados e em alto desempenho na atividade que estamos realizando.

Quando estamos sob Distress, a qualidade da tomada de decisões é inferior àquela do Eustress. Sintomas fisiológicos decorrentes do Distress incluem aumento da pressão arterial, respiração rápida, tensão generalizada, perda ou excesso de apetite, entre outros.

COMO LIDAR COM O ESTRESSE?

É preciso aprendermos a conviver com o estresse controlando seus sintomas, o que definirá se ele irá nos fazer bem ou mal. Como fazer isso? A literatura científica indica ser necessário um conjunto de alimentação saudável, atividades físicas e relaxantes, como a prática de meditação e yoga, e o cuidado com a saúde mental.

Para não entrar no Distress devemos evitar o que limita nosso desenvolvimento, como a culpa e o perfeccionismo, e agir de modo mais decidido, definindo prioridades, superando a procrastinação e mantendo o foco em nossas habilidades.

Considerando a importância de evitar o Distress, gestores empresariais têm se dedicado a avaliar o seu nível de estresse e o de sua equipe para torná-lo Eustress. Estratégias são possíveis e necessárias nesse sentido, especialmente quando tecnicamente bem orientadas.

REFERÊNCIAS

BROADHURST, P. L. Emotionality and the Yerkes-Dodson Law. 1957.

FERRARI, Rodolfo. Eustress X Distress. 2017.

RODRÍGUEZ, Isabel; KOZUSZNIK, Malgrzata W.; Eustress and Distress Climates in Teams: Patterns and Outcomes, 2015.

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