QUOCIENTE DE ADAPTABILIDADE: entenda a inteligência que está se tornando predominante no mercado

 em T&D

Há alguns anos, era comum aplicar o teste de quociente de inteligência intelectual (QI) para selecionar candidatos a cargos nas empresas. Depois, o quociente de inteligência emocional (QE) ganhou grande espaço no recrutamento e na gestão de equipes.

Tanto o QI quanto o QE são considerados importantes para o sucesso na carreira. No entanto, ao passo que a tecnologia redefine como trabalhamos, as habilidades necessárias para prosperar no mercado também estão mudando. Nesse processo, então, destaca-se o quociente de adaptabilidade (QA), que mede a capacidade de uma empresa se posicionar e prosperar em um ambiente com mudanças rápidas e frequentes, de perceber as preferências do consumidor e de se integrar com a tecnologia atual.

O QUE É QUOCIENTE DE ADAPTABILIDADE?

O quociente de adaptabilidade foi identificado como o “futuro do trabalho” por Natalie Fratto(2018), enquanto Reeves e Deimler (2011) o descreveram como “a nova vantagem competitiva”, na Harvard Business Review. Quando se trata de contratação, o QA pode se tornar tão importante quanto o QI ou o QE.

O aprendizado contínuo é o fator principal para se prosperar no contexto da Quarta Revolução Industrial. As habilidades necessárias para a maioria dos empregos estão evoluindo rapidamente, mas nem sempre os sistemas de educação e treinamento acompanham as tendências.

De acordo com a PwC’s Adapt to Survive (2014), o potencial profissional desalinhado cria um prejuízo de US$ 19,8 bilhões nos 11 países incluídos em seu estudo, enquanto a adaptabilidade pode ser capaz de estimular US$ 130 bilhões em produtividade adicional.

TRÊS MANEIRAS DE MEDIR A CAPACIDADE DE ADAPTABILIDADE

Segundo a escritora e capitalista de risco Natalie Fratto (2018), existem três maneiras práticas para mensurar a capacidade de adaptabilidade.

a) Perguntas envolvendo “e se”: Para evocar várias versões possíveis do futuro, faça diferentes perguntas “e se”. Por exemplo: “E se um desastre natural impedisse os clientes de visitarem sua empresa?”. A prática de simulações permite perceber como informações são manipuladas e, também, quão bem os indivíduos são capazes de pensar com rapidez e apresentar soluções pertinentes, o que aponta um grau de adaptabilidade.

b) Sinal de desaprendizagem:  Uma pessoa que desaprende busca desafiar o que supõe já saber, sem medo de questionar conhecimentos e crenças existentes. Em vez disso, substituem suas presunções desatualizadas por novas informações.

c) Priorizam a investigação e a exploração: Ao invés de exaurir os modelos de negócios existentes, buscar novas alternativas, empreendimentos, inovação, além de fazer as coisas de uma forma diferente do esperado, são competências de quem possui esse elemento importante para a adaptabilidade.

Por fim, fomentar a aprendizagem moderna e contínua no local de trabalho permite aos empregadores oferecer a seus funcionários condições para adaptarem suas habilidades rápida e efetivamente, de modo a estarem mais alinhados com as crescentes necessidades dos negócios. Trata-se de antecipar as habilidades requeridas pelo mercado e mantê-las atualizadas por meio de treinamento e desenvolvimento.

REFERÊNCIAS

FRATTO, Natalie. Screw emotional intelligence: here’s the key to the future of work. New York: Fast Company, 2018.

PwC’s Adapt to Survive. How better alignment between talent and opportunity can drive economic growth. Sunnyvale: LinkedIn, 2014.

REEVES, Martin; DEIMLER, Mike. Adaptability: the new competitive advantage. Cambridge: Harvard Business Review, 2011.

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